quarta-feira, 16 de maio de 2012

Desce a bebida mais forte que o dinheiro dá pra comprar. Como seguirá em frente, preso a essa dor? Mais um gole pra garganta esquecer o que passou. Tá chovendo dentro dele, quase que um temporal. Remoendo mil mazelas de um romance sem igual. Como vai fazer agora sem o seu amor? Vai ter que ter o tempo pra lidar com o que passou. Fica a história pra contar, fica a lembrança que habita, onde não se consegue tocar, onde nada mais se modifica. Fico olhando, ele disfarça, pega e acende um cigarro. Alguém reclama da fumaça de graça ele pede mais um trago. O garçom ignorante bate o copo e diz: - Cabou! Ele não discute e vai embora, como se engolisse o que passou. Passou, como tudo passa e algo em tudo o que passa, fica. Passou porque tudo passa, porque tudo se pacifica!