domingo, 21 de outubro de 2012

Deixa pra lá, que de nada adianta esse papo de que agora não dá. Que eu te quero é agora e não posso nem vou te esperar, que esse lance de um tempo nunca funcionou pra nós dois. Sempre que der mande um sinal de vida de onde estiver dessa vez, qualquer coisa que faça eu pensar que voce está bem ou deitada nos braços de um outro qualquer. Que é melhor do que sofre de saudade de mim como eu to de você. Pode crer, que essa dor eu não quero pra ninguém no mundo, Imagina só, pra você. Quero te ver dando voltas no mundo, indo atrás de você e rezando "prum" dia você se encontrar e perceber. Que o que falta em você sou eu.



quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc. E cada vez desfruta mais dessa Cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes até te incomodam.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!

Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.


Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…


Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16… Então, amanha teremos 30. Assim tão rápido.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro — e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de dois mil e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente.

Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir, dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios, premonições. Controle remoto na mão e dezenas de canais a cabo ajudam bem: qualquer problema, real ou não, dê um zap na telinha e filosoficamente considere, vagamente onipotente, que isso também passará. Zaps mentais, emocionais, psicológicos, não só eletrônicos, são fundamentais para atravessar agostos.


Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antônio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.


Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se, e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques — tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informações para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são.

Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter de mais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito, perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Tomara que você volte depressa, que você não se despeça nunca mais do meu carinho. E chore, se arrependa e pense muito que é melhor se sofrer junto que viver feliz sozinho. E tomara  que a tristeza te convença que a saudade não compensa e que a ausência não dá paz. E o verdadeiro amor de quem se ama tece a mesma antiga trama que não se desfaz. E a coisa mais divina que há no mundo é viver cada segundo como nunca mais.




— Vinícius de Moraes

domingo, 8 de julho de 2012


Falar é fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opnião
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros.
Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando o deixa irritado
Difícil é expressar o seu amor por alguém que realmente o conhece.
Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã
Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e às vezes impetuosas.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar
Díficil é mentir para o coração.

domingo, 1 de julho de 2012

 "É meio clichê, mas acho que a gente colhe tudo que plantamos de ruim nessa vida.
 É, acho que é meio que isso sim. Se estou bem ou mal, é tudo culpa minha. Dizem que tudo já está escrito, mas acredito que os atos podem direcionam o destino. Enfim, papo doido! Eu acho que no fim de tudo, vai ser sempre aquilo que tava escrito, por mais que você tente mudar. É, pode ser... e se você tentar mudar o que já está “guardado” pra você, você cai em um abismo, como ter pego o caminho errado, daí você sofre, passa pelas consequencias, até sacar que não deveria ter mudado a rota...
É, acho que é meio que isso mesmo."

quinta-feira, 21 de junho de 2012


Toda vez que me olho espelho, todas estas rugas no meu rosto aparecendo.
O passado se foi, passou como o crepúsculo à aurora. Não é assim? Todo mundo tem suas dívidas na vida para pagar. Eu sei que ninguém sabe de onde vem e para onde vai.  Eu sei que é o pecado de todo mundo, é preciso perder para saber vencer. Metade da minha vida está escrita em páginas de livros. Vivi e aprendi dos tolos e dos sábios. Você sabe que é verdade, todas as coisas que você faz voltam para você. Cante comigo, cante pelo riso e cante pelas lágrimas. Cante comigo se for apenas por hoje, talvez amanhã o bom senhor a levará.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Desce a bebida mais forte que o dinheiro dá pra comprar. Como seguirá em frente, preso a essa dor? Mais um gole pra garganta esquecer o que passou. Tá chovendo dentro dele, quase que um temporal. Remoendo mil mazelas de um romance sem igual. Como vai fazer agora sem o seu amor? Vai ter que ter o tempo pra lidar com o que passou. Fica a história pra contar, fica a lembrança que habita, onde não se consegue tocar, onde nada mais se modifica. Fico olhando, ele disfarça, pega e acende um cigarro. Alguém reclama da fumaça de graça ele pede mais um trago. O garçom ignorante bate o copo e diz: - Cabou! Ele não discute e vai embora, como se engolisse o que passou. Passou, como tudo passa e algo em tudo o que passa, fica. Passou porque tudo passa, porque tudo se pacifica!

terça-feira, 24 de abril de 2012


“A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?”


Puro cérebro sem dor perdido nos labirintos daquilo que tinha
acabado de acontecer. Dor branca, querendo primeiro compreender,
antes de doer abolerada, a dor. Doeria mais tarde, quem sabe, de
maneira insensata e ilusória como doem as perdas para sempre
perdidas, e portanto irremediáveis, transformadas em memórias iguais
pequenos paraísos-perdidos. Que talvez, pensava agora, nem tivessem
sido tão paradisíacos assim.

terça-feira, 10 de abril de 2012

  E se eu brincar de esconde-esconde, te emprestar minhas roupas, dizer que amo seus sapatos, sentar na escada enquanto você toma banho. Beijar seu rosto, segurar sua mão e sair pra andar, não ligar quando você comer minha comida, te encontrar numa lanchonete pra falar sobre o dia, sobre o seu dia e dar risadas da sua paranoia. Te mandar músicas que você não gosta, ver ótimos filmes, ver filmes horríveis e te contar sobre o programa que eu vi ontem a noite enquanto não conseguia dormir. Te querer pela manhã, mas deixar você dormir mais um pouco, te dizer quanto adoro você. Sentar na escada, fumando, até os vizinhos chegarem em casa. Sentar na escada, fumando, até você chegar em casa. Me preocupar quando você está demorando e me surpreender quando você chega cedo. Ir numa festa e dançar. Me arrepender quando estou errada e feliz quando me perdoar. Olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde sempre, ouvi sua voz no meu ouvido e ficar assustada quando se irrita... digo que você está linda. Vou contar o pior de mim, e tentar dar o melhor de mim porque você não mereçe nada menor que isso. Responder suas perguntas, mesmo quando eu prefiro não responder e dizer a verdade, tentar ser honesta, porque sei que você prefere . Espera só mais  dez minutos, me deixa chegar mais perto de você e de alguma forma, compartilhar  
um pouco do amor que eu tenho por você.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Um rei me disse que quem deixa ir tem pra sempre e me contou que só foi rei porque pensava assim tão diferente. E eu, que andava assim tão zé, deixei que tudo fosse e decidi olhar pra frente, mas não vi nada. E o rei me disse: "A pressa esconde o que já é evidente. Foi do meu lado que eu achei o que me fez assim tão diferente." E eu, que corria assim tão zé, deixei que tudo fosse e decidi mudar de frente, mas não vi nada. Não leve a mal, eu só queria poder ter outra filosofia, mas não nasci pra conversar com rei . . . 

quinta-feira, 15 de março de 2012




Desligue a música, agora. Seja qual for, desligue. Contemple o momento presente dentro do silêncio mais absoluto. Mesmo fechando todas as janelas, eu sei, é difícil evitar esses ruídos vindos da rua. Os alarmes de automóveis que disparam de repente, as motos com seus escapamentos abertos, algum avião no céu, ou esses rumores desconhecidos que acontecem às vezes dentro das paredes dos apartamentos, principalmente onde habitam as pessoas solitárias. Mas não sinta solidão, não sinta nada: você só tem olhos que olham o momento presente, esteja ele — ou você — onde estiver. E não dói, não há nada que provoque dor nesse olhar.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sonhei que você sonhava comigo.
Mais tarde, talvez eu até ficasse confuso, sem saber ao certo se fui eu mesmo quem sonhou que você sonhava comigo, ou ao contrário, foi quem sabe você quem sonhou que eu sonhava com você. Não sei o que seria mais provável. Você sabe, nessa história de sonhos — falo o óbvio —, nunca há muita lógica nem coerência. Ou não? Sei que, sem nenhuma dúvida:

Sonhei que você sonhava comigo.
Certo? Não, talvez não esteja nada certo. Também não era isso o que eu queria ou planejava dizer. Pelo menos, não desse jeito embaçado como uma vidraça durante a chuva. Por favor, apanhe aquele pequeno pedaço de feltro que fica sempre ali, ao lado dos discos. Agora limpe devagar a vidraça — quero dizer, o texto. Vá passando esse pedaço de feltro sobre o vidro, até ficar mais claro o que há por trás. Lago, edifício, montanha, outdoor, qualquer coisa. Certamente molhada, porque só quando chove as vidraças embaçam. Será? Não tenho certeza, mas o que quero dizer, disso estou certo, começa assim:

Sonhei que você sonhava comigo.
Parece simples, mas me deixa inquieto. Cá entre nós, é um tanto atrevido supor a mim mesmo capaz de atravessar — mentalmente, dormindo ou acordado — todo esse espaço que nos separa e, de alguma forma que não compreendo, penetrar nessa região onde acontecem os seus sonhos para criar alguma situação onde, no fundo da sua mente, eu passasse a ter alguma espécie de existência. Não, não me atrevo. Então fico ainda mais confuso, porque também não sei se tudo isso não teria sido nem sonho, nem imaginação ou delírio, mas outra viagem chamada desejo. Verdade eu queria muito. Estou piorando as coisas, preciso ser mais claro. Começando de novo, quem sabe, começando agora:

Sonhei que você sonhava comigo.
Depois que sonhei que você sonhava comigo, continuei sonhando que você acordava desse sonho de sonhar comigo — e era um sonho bonito, aquele —, está entendendo? Você acordava, eu não. Eu continuava sonhando, mas na continuação do meu sonho você tinha deixado de sonhar comigo. Você estava acordado, tentando adequar a imagem minha do sonho que você tinha acabado de sonhar à outra ou à soma de várias outras, que não sei se posso chamar de real, porque não foram sonhadas. Mas, se foi o contrário, então era eu, e não você, quem tentava essa adequação — nessa continuação de sonho em que ou eu ou você ou nós dois sonhamos um com o outro. Nos víamos? Quase consegui, agora. Preciso simplificar ainda mais, para começar de novo aqui:

Sonhei que você sonhava comigo.
Depois, fiquei aflito. E quase certo de que isso não tinha acontecido. O que aconteceu, sim, é que foi você quem sonhou que eu sonhava com você. Mas não posso garantir nada. Sei que estou parado aqui, agora, pensando todas essas coisas. Como se estivesse — eu, não você — acordando um pouco assustado do bonito que foi ter tido aquele sonho em que você sonhava comigo. Tão breve. Mas tudo é muito longo, eu sei. Estou ficando cansativo? Cansado, também. Está bem, eu paro. Apanhe outra vez aquele pedaço de feltro: desembace, desembaço. Choveu demais, esfriou. Mas deve haver algum jeito exato de contar essa história que começa e não sei se termina ou continua assim:

Sonhei que você sonhava comigo.
Ou foi o contrário? Seja como for, pouco importa: não me desperte, por favor, não te desperto.

sexta-feira, 2 de março de 2012


                    Sempre sonhei muito, passado não deixa mentir. 
                          Tudo me mete medo, amor e desapego.
                          Sempre sonhei com vida consciente. 
                          Desde do meu aniversário, 
                          J.Daniels e cachorro quente
                          Bebe ai... modera mar, consciência poética...
                         Creio desabar, honrar amor e medo!!!